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Conservantes sintéticos em cosméticos, são prejudiciais?

Conservantes sintéticos em cosméticos, são prejudiciais?

Triclosan é prejudicial?

O triclosan está associado ao aparecimento de doenças cancerígenas em animais.

O triclosan é um produto antisséptico pertencente ao grupo dos fenóis e éteres. É considerado um éter difenil policlorado (PBDE), capaz de inibir o desenvolvimento de fungos, vírus e bactérias. Em baixas concentrações, impede o desenvolvimento de bactérias, mas em altas concentrações provoca a morte destes organismos.

O Comité Científico da Segurança dos Consumidores (CCSC) da Comissão Europeia analisou a utilização continuada da substância e concluiu que o risco pode depender do grau de exposição global do nosso organismo.

Segundo a Deco, o triclosan está associado a doenças cancerígenas em animais. A concentração até 0,3% nas pastas de dentes é segura e esse é o limite permitido pela legislação europeia.
Tratando-se de um antissético, o triclosan contribui para prevenir as gengivites e as periodontites, pelo que, neste caso, os benefícios superam os riscos.

Os cálculos para estabelecer a quantidade máxima segura tiveram em conta o efeito acumulado de usar diferentes produtos com triclosan ao mesmo tempo.

Nos produtos que ficam na pele, por exemplo, as loções corporais, o triclosan não é permitido. Estes cremes ficam mais tempo em contacto com o nosso corpo e numa superfície maior, contribuindo para uma maior absorção da substância.

Nos elixires bucais, o limite é de 0,2 por cento. É menor do que nas pastas de dentes porque, como o contacto com as mucosas é maior, aumenta a absorção e a probabilidade de ingestão desse ingrediente.

Existem estudos que mostram que o triclosan propicia a resistência bacteriana – capacidade de uma espécie bacteriana se adaptar ao antimicrobiano, por meio de alteração no seu DNA, tornando impossível sua eliminação. Em outras palavras, significa que o uso de produtos que contenham o triclosan pode fazer com que as bactérias que queremos eliminar se tornem cada vez mais resistentes e presentes, as superbactérias.
O perigo deste processo também está relacionado à resistência bacteriana de espécies que são consideradas patogénicas para os seres humanos. Como consequencia, o triclosan pode contribuir também para a resistência a antibióticos, e isso representa possíveis impactos negativos sobre a saúde humana.

Triclosan é seguro mas desnecessário.

Com relação a outras espécies de seres vivos, alguns estudos apontam para a toxicidade do triclosan para os organismos aquáticos (como as algas, peixes e invertebrados), podendo causar, a longo prazo, efeitos significativos nesse ambiente.

De acordo com os estudos, a nossa exposição global é menor no caso dos sabonetes de mão e corporais, dos géis de banho, dos desodorizantes, dos produtos para limpeza de unhas (antes da aplicação de unhas artificiais) e dos pós e cremes faciais. Por isso, a concentração de triclosan pode ir até 0,3 por cento.

Note-se que para lavar as mãos, há soluções sem triclosan eficazes na remoção das bactérias como o sabão tradicional.

Produtos em que é permitido o triclosan:

Elixires bucais - 0,2%

Desodorizantes (não spray) - 0,3%

Sabonetes de mão, de corpo e géis de banho - 0,3%

Produtos de limpeza de unhas, antes da aplicação de unhas artificiais - 0,3%

Pós e cremes faciais - 0,3%

Pastas de dentes - 0,3%.

O triclosan é proibido nos restantes produtos cosméticos não incluídos nesta lista.

 

 

Da Joana Cosmética Natural